segunda-feira, 28 de março de 2011

Opala Preto-Intro

Now we drive the night, to the ironies of peace
You can't help deny forever
The tragedies reside in you
The secret sights hide in you
The lonely nights divide you in two
All my blisters now revealed
In the darkness of my dreams
In the spaces in between us
But no bodies ever knew
Nobodys
No bodies felt like you
Nobodys
Love is suicide
Love is suicide.

Smashing Pumpkins-Bodies.

Não precisar levar tão a sério,só quis tirar um sarro com tudo que todo mundo já conhece

-----------X----------



Era mais uma noite comum em São Paulo,na medida do possível.Era mais uma sexta feira a noite na cidade.Ele podia ver,do alto de seu apartamento,a mesma coisa de sempre.
Pessoas voltando dos seus trabalhos,outras indo trabalhar,adolescentes começando a noite,mendigos atrás de um lugar melhor para dormir.
Ele podia ver tudo isso,ele fazia parte disso.
O cheiro e a fumaça da rua,dos carros-para ser mais exato-entravam e invadiam o apartamento com um toque de crueldade,nenhuma pessoal normal ia conseguir ficar lá por muito tempo.
Mas Joaquim Dimery Souza,um eximo fumante e usuário de todas as drogas possíveis,não ia se importar com algo tão banal como a fumaça da cidade.

Alias,ele não ia se importar com mais nada.

Joaquim morava num pequeno apartamento perto da Praça da Republica.Morava sozinho,pois a ultima companhia que ele teve,tomou o que alguns chamam de "outros rumos".
Em outras palavras,ela arrumou um homem com dinheiro e planos na vida.
E nosso caro protagonista,ficou,como de costume,sozinho.

Era um apartamento sincero,sem pintura a uns 50 anos,as paredes pareciam poder cair a qualquer minuto.
Dois quartos.Um banheiro.Sala.Uma simples cozinha e um canto com um velho tanque,que era a única torneira decente no apartamento.
Da sala havia uma boa vista,diretamente para a Praça da Republica.Era o que Joaquim sempre via depois de usar suas costumeiras drogas.E ele só via pessoas sozinhas,a única diferença é que Joaquim ainda não morava na rua.

Maconha,cocaina,cigarros e mais cigarros,anfetaminas,as vezes arriscava uma morfina,uisques tão falsos que nem rotulo tinham (eram de fato uisques?),1001 antidepressivos sem nome.Agora tinha conseguido um belo contato,e sempre que podia,arrumava um pouco,uma quantidade infima de heroina,que ele cheirava,por ainda ficar em choque ao ver agulhas.Essa era a vida de Joaquim até aquela noite.

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