quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Omissão



Meu espaço se contrapõe a meus desejos
Como se alguem me quisesse aqui
Mas sei,que agora é tarde
Parar sussurar em meu ouvido
Novas esperanças,desculpe
Eu não sei mais mudar
Só gostaria de então,o mais longe da dor estar
E ficarei aqui esperando
Ter de volta
Os dias que omiti pelo medo
E ficarei aqui esperando
Ter de volta
A vida que omiti pelo medo.

sábado, 17 de setembro de 2011

Falha

Não consigo entender a dor
Do homem preso em uma cruz
Que todo dia ao acordar
Vê que sua luta tão decente
Só serve para sustentar um mundo doente
Talvez se eu pudesse sangrar por ele
Enquanto vidas vazias passam por mim
Dessa vez eu provaria a todos
Não valeu em nada tal ilusão
E que nada mais restou no olhar
Daquele homem que se já cansou.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Promessa

Mesmo com a agua caindo
Lá fora
Não diga que não tentei
Tê-la de volta
Não diga
Quando ela disse um adeus
Minhas memorias apagaram
E esse amor
Eu divido com vocês
No outro dia acordo
Me sentindo vazio
Eu quebro meus medos
E quebro a dor
E ela não me espera do outro lado
Enquanto tento
Perceber que enfim acabou
E esse amor
Eu divido com vocês
Para não quebrar
Para nunca mais
Cansar.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

W.E.D

Eu sentia cada gota de chuva batendo no meu corpo,pesando na minha roupa.
Elas diziam,de forma bem direta: "Fracassado".
E infelizmente eu concordei com elas.Estava novamente tomando o rumo que me machucava.
O que poderia fazer?
Sozinho como as outras noites da minha vida,escutando o medo soprar no meu ouvido.Ah,como era bom,quando apesar das inumeras tentativas dele,eu o ignorava e sorria para todos ao meu redor.
Mas agora restou apenas o silêncio,as luzes da rua que me cercam,e minha teimosia em ignorar tudo isso.
Já tive inumeras chances,de correr e abraçar aqueles que tentaram,em vão,me ajudar.Lá no alto,daonde caem essas gotas,até mesmo lá em cima, eu tentei acreditar que haveria algo (ou alguém) que batesse em minha cabeça e me livrasse dessa angustia.
A resposta veio,veio em gotas frias de chuva,me condenando por ser um covarde.
Minha alma sente dor.
Não só ela,a dor já é fisica,como se houvesse uma faca,tentando trepassar meu corpo e não conseguindo.
Qual será a resposta que eu procuro,qual será o motivo d'eu ter cometido tal erro? É muita covardia.
Poderia ter pintado uma cidade inteira,com apenas uma lata de tinta.Todos iam passar sem ver nada.Quantas vezes eu estiquei a mão pedindo ajuda,e no mesmo segundo ignorei esse ato e continuei me sujando.
Até mesmo os deuses,que tentei acreditar...eles nunca me deram nenhuma resposta.
Alguns conseguiram se livrar do erro,pessoas fortes.Enquanto eu me ajoelhava na frente das mesmas,pedindo uma resposta.
Não há mais nada pra encontrar.Se existisse um meio,uma desculpa...Meu corpo vai morrendo aos poucos,intoxicado por algo muito pior que um veneno.
É a propia mente que aceita se matar.
Ela não merece alguém como eu.Desisti a tanto tempo.
Um sopro poderia acabar com tudo isso,eu iria quebrar no mesmo segundo.

Andando por ruas,com medo dos outros,com vergonha pelo que faz.
Ao ponto em que faço isso,imagino como seria bom,estar longe,sem causar dor a mais ninguém,sem se olhar no espelho e ver o mundo ao seu redor quebrar completamente.
É tão fácil encontrar a Morte.
Mas é muito dificil aceitar o fim,a maior das covardias.


Ninguém que NÃO tenha passado por isso,pode entender o que é se invadir de tristezas sem sentido.
Perder o rumo.
Se perder por ai atrás de mais.
Sentir saudade de algo tão simples.Sentir saudade de si mesmo.

-X-